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A mostrar mensagens de fevereiro, 2021

GAMEPASS - 5 tesouros escondidos

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O Gamepass é um serviço fantástico pela quantidade enorme de jogos que torna acessíveis ao seus subscritores, mas na sua vasta oferta é fácil ficar paralisado por excesso de escolha, ou simplesmente escolher aqueles títulos com que já se tem alguma familiaridade, correndo o risco de se perder verdadeiras pérolas. Aqui ficam cinco jogos que vale mesmo a pena dar uma hipótese.   -Outer Wilds- Começo esta lista com Outer Wilds, uma aventura open world interplanetária onde o jogador vai ter de resolver um puzzle à escala cósmica. É difícil falar sobre este jogo porque a melhor forma de o experienciar é sabendo o mínimo possível, mas é isso também que o torna no exemplo perfeito da importância do Gamepass. Já és subscritor? Então é tudo o que precisas de saber! Se gostas de ficção cientifica e mistério mergulha sem hesitações em Outer Wilds, sem exagero um dos títulos mais impressionantes que joguei no últimos anos e facilmente entra no meu top de melhores jogos de sempre.  -Unto the End-

ANÁLISE - Super Mario 3D World + Bowser's Fury

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  Depois do estrondoso falhanço da Wii U a Nintendo está completamente decidida em punir jogadores de todo o mundo, obrigando-os a comprar títulos  lançados na amaldiçoada consola. Mesmo eu, proprietário de uma, decidi na altura ignorar muitos dos seus lançamentos, entre eles o Super Mario 3D World. Mas isso era o meu Eu de 2013. Estamos agora em 2021, o mundo lida com uma pandemia que já matou milhões, uma crise económica global estará a meses de chegar e o fascismo parece estar novamente na moda. Sim, por favor Nintendo, tenta lá vender-me novamente esse jogo colorido do canalizador saltitão. Eis então que chega Super Mario 3D World, não apenas como uma reimpressão do lançamento de 2013 mas agora mais rápido, com alguns movimentos novos e traz também com ele, anexado, um novo titulo na forma de Bowser's Fury. Os jogos Mario em 3D são na minha opinião uma das mais fascinantes propriedades intelectuais em toda a indústria. Uma mente cínica pode sentir-se tentada a dizer que se li

ANÁLISE - Dandara: Trials of Fear

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  Talvez por ser gamer h á demasiados anos e sendo a indústria dos jogos tão dependente da repetição das suas próprias fórmulas, é sempre com agrado que reajo à experimentação sobre ideias estabelecidas. Mais ainda se o foco cultural de um jogo não é centrado somente em lugares comuns sobejamente já explorados. Dandara - Trials of Fear, traz-nos um metroidvania com alguns twists tanto no movimento como na construção de níveis e, como alternativa aos panos de fundo standard a que fomos habituados, leva-nos a um mergulho no tropicalismo brasileiro aplicado aos videojogos na sua fusão de esoterismo e cultura urbana com laivos psicadélicos. Inspirado na figura histórica com o mesmo nome, Dandara, uma escrava guerreira que combateu contra o sistema esclavagista, a nossa personagem personifica a libertação criativa face às opressoras forças materialistas que dominam os habitantes deste mundo chamado Sal. Algo que o jogo traduz com sucesso através do seu modelo de jogo, pois em Sal movemo-

ANÁLISE - Cyber Shadow

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  O dicionário diz-nos que nostalgia é “ saudade de alguma coisa, de uma circunstância já passada, de uma condição que deixou de possuir, de um lugar, de algo que já viveu “ mas as suas raízes etimológicas apontam-nos noutro sentido. Do grego nóstos " ato de regressar, regresso" + algos "dor ", nostalgia é então o regresso a uma dor, um pouco como Cyber Shadow, mais do que a saudade de tempos passados é um regresso a um lugar de dor, um tempo em que os jogos eram insensatamente difíceis para esconder o facto não terem assim tanto conteúdo. Inicialmente Cyber Shadow peca pela escassez de ideias. Não apresenta grandes obstáculos à progressão e parece apenas uma homenagem a meio gás a jogos de plataformas da era NES, pecando por demorar demasiado até que o jogador adquira habilidades básicas, como duplo salto, subir paredes ou lançar shurikens , que o tornam bastante mais interessante. Os níveis são desinspirados, as boss fights demasiado fáceis, tudo bastante morno. I

ANÁLISE - Unto the End

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Se há mudança positiva que o Gamepass trouxe ao panorama dos videojogos foi a oportunidade de experimentar algo só porque nos parece interessante, sem adicionais encargos monetários como obstáculo à curiosidade. Unto the End é um titulo que provavelmente me iria passar despercebido mas depois de ver que tinha sido adicionado ao serviço decidi experimentar e, literalmente passados apenas alguns segundos, estava decidido em levar esta experiência até ao fim.  Conceptualmente faz lembrar títulos como Limbo onde temos que navegar o mundo resolvendo puzzles ambientais numa abordagem de tentativa e erro onde uma morte agonizante está ao virar de cada esquina, com um sistema de checkpoints suficientemente generoso para não ser desencorajador. Mas ao contrário de Limbo adiciona também um brutal sistema de combate à sua formula.  Este sistema de combate é ele próprio um puzzle, com cada inimigo a requerer uma abordagem diferente, mas que mesmo depois de se descobrir qual é o caminho para a vit

ANÁLISE – Cyberpunk 2077

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  Não vale a pena estar com rodeios. Cyberpunk 2077 é um desastre em forma de jogo, um projecto mal gerido e vitima do seu excesso de ambição. Um produto inacabado com bugs e glitches sem fim. Direi mesmo que é um produto fraudulento pela forma como não cumpriu promessas feitas pelo seu marketing . Mas será que apesar de tudo ainda há um jogo algures entre as mentiras e falhas técnicas ou é simplesmente lixo digital? No dia de lançamento mal podia conter a minha excitação, finalmente após anos de antecipação Cyberpunk tinha chegado! Infelizmente mal iniciei o jogo vi que algo estava errado e após uma visita ao Twitter tornou-se imediatamente óbvio que não era só comigo... Desisti e esperei por uma atualização, a atualização chegou. Desta vez tinha avançado mais no jogo, completado a primeira missão, onde vi o meu companheiro Jack a atravessar uma porta fechada, continuei até chegar a uma rua onde a frame rate ficou incrivelmente má, olhei para uma montra onde uma stripper dançava co

ANÁLISE - The Medium

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Numa  geração  em que o espa ço entre pequenos jogos independentes e os grande títulos AAA foi desaparecendo, a Bloober Team conquistou o seu lugar nesse nicho AA.  Depois de em 2014 terem alcançado alguma notoriedade com o agora clássico de culto Layers of Fear e em 2017 reforçado o seu estatuto, como uma equipa que apesar de divisiva junto dos críticos conquistou a sua propria audiência, com o aclamado _ Observer – tendo também lançado Blair Witch e a sequela para Layers of Fear em 2019 – a equipa Polaca está de volta em 2021 com The Medium, que nas suas próprias palavras é o seu titulo mais ambicioso e pessoal. Será este o lançamento que vai projetar a Bloober Team para uma aceitação mais universal, ou será The Medium mais um titulo divisivo? A resposta a esta questão é bastante óbvia. The Medium claramente não procura ser um produto que segue tendências de mercado e como tal estará sempre inevitavelmente condenado à periferia das massas de jogadores. Mas é isso algo mau? Não, de to